A ordem de busca e apreensão nos endereços ligados ao deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) foi executada pela Polícia Federal com base em uma "forte ligação" do parlamentar com Carlos Victor de Carvalho, identificado como uma "liderança da extrema direita" em Campos dos Goytacazes (RJ). A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou como evidência conversas por mensagem de celular, nas quais Carlos Victor solicita orientações e autorizações a Jordy para organizar atos golpistas após as eleições de 2022.
A PGR pediu os mandados de busca e apreensão, que foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito dos atos golpistas. Em um dos diálogos, datado de 1º de dezembro de 2022, durante a sequência de bloqueios nas rodovias federais, Carlos Victor pede orientações a Jordy:
Carlos Victor: Bom dia meu líder. Qual direcionamento você pode me dar? Tem poder de parar tudo.
Carlos Jordy: Fala irmão, beleza? Está podendo falar aí?
Carlos Victor: Posso irmão. Quando quiser pode me ligar.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, os dois também tiveram uma conversa por telefone em 17 de janeiro de 2013, uma semana após os atos golpistas na Praça dos Três Poderes, quando Carlos Victor Carvalho estava foragido.
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